Neste dia 14 de outubro, especialistas explicam que 285 milhões de pessoas sofrem de deficiência visual moderada ou grave
A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chama a atenção para os perigos à visão, como a cegueira e a deficiência visual. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), são 285 milhões de pessoas que sofrem de deficiência visual moderada ou grave no mundo; 90% destas vivem em países em desenvolvimento; 65% têm mais de 50 anos e cerca de 40 milhões de pessoas são cegas. Segundo o diretor da Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO), Luiz Carlos Molinari Gomes, a cada cinco segundos uma pessoa fica cega no mundo e 80% da deficiência visual é evitável, podendo ser prevenida ou tratada.
Molinari chama atenção para o perigo das crenças populares ligadas aos olhos. Uma delas é a relacionada ao terçol. Diz a lenda que é possível curá-lo com auxílio de um anel quente. “Além de ser uma medida ineficaz, esse método pode agravar o problema, causando contaminação local e uma lesão ainda maior em consequência de uma queimadura. Em casos de terçol, o mais indicado é consultar o médico oftalmologista, que poderá avaliar o quadro e indicar o tratamento mais adequado.”
Outras chegam a ser engraçadas, conta o especialista, como a de tomar vento ao ‘cruzar’ os olhos pode fazer com que eles fiquem dessa forma permanentemente. O oftalmologista explica que o estrabismo ocorre quando há uma disfunção nos músculos oculares, que pode ocorrer por diversos fatores, mas não pelo vento.
No caso de dúvidas, Molinari recomenda não se arriscar. “O mais indicado é procurar um oftalmologista, nunca passar produtos caseiros e fazer o acompanhamento constante para evitar problemas futuros que podem ser perfeitamente evitáveis.”
A alimentação equilibrada e saúde combinam muito bem. Incluir frutas, legumes e verduras nas refeições é a melhor forma de obter os nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do organismo. No entanto, o consumo de vitaminas por si só não é capaz de curar problemas de visão. Diante de qualquer alteração, é importante consultar um médico oftalmologista, para que ele possa avaliar o quadro e orientar quanto ao tratamento mais adequado.
Já algumas doenças oculares podem ser controladas com remédios e tratamentos, especialmente, como medidas preventivas. A catarata, porém, não é um desses casos. Se você já ouviu que alguém curou a catarata com remédios ou outros tipos de tratamento, atenção! De acordo com os médicos oftalmologistas e com o CBO, o único tratamento para a catarata é a cirurgia.
Exercícios físicos e saúde ocular: há alguma relação?
Quando se fala em exercícios físicos, logo relacionamos à perda de peso, ao aumento da resistência e ao ganho de massa muscular. Mas a prática também faz bem à saúde dos olhos. Pesquisas apontam que a eles podem ajudar na prevenção de algumas doenças oculares, como retinopatia diabética, glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), ceratocone, catarata e miopia. Mas é importante ficar atento a alguns cuidados pois a prática esportiva é o quarto colocado no ranking de motivos de lesões oculares.
- Evite tocar nos olhos com as mãos sujas para prevenir infecções e lesões. É comum que o suor comece a escorrer pela testa. Mantenha uma toalha limpa por perto para se secar;
- Óculos de sol com lentes de filtro UV devem ser usados por quem pratica esportes e atividades ao ar livre, exposto ao sol. Também é importante o uso de chapéu ou boné;
- Os óculos de grau tornam-se perigosos durante a prática de certos exercícios físicos. Em atividades de alto impacto e velocidade, quando acontece uma colisão, os óculos podem gerar fragmentos e levar a cortes e lesões graves. O ideal é usar lentes de contato ou modelos próprios para a prática;
- No futebol, evite cabeçadas e invista em equipamentos de proteção. Impactos muito fortes podem gerar o deslocamento de retina e lesões oculares.
Saiba mais sobre os problemas mais comuns da visão
- Miopia – Dificuldade para enxergar o que está longe;
- Hipermetropia – Dificuldade para enxergar o que está perto;
- Astigmatismo – Dificuldade para enxergar, independentemente da distância
- Ambliopia – Diminuição da capacidade visual que acontece, principalmente, pela falta de estímulo ao olho durante o desenvolvimento da visão;
Estrabismo – Desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao mesmo tempo. Pais e professores devem ficar atentos aos sinais de que a criança pode ter alguma dificuldade para enxergar e buscar ajuda médica o mais rápido possível.
Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)