As lentes de contato são excelentes recursos ópticos. Sua adaptação é regida pela resolução CFM 1965/2011. Fica, desta forma, definido que a adaptação é um ato exclusivo do médico baseado em exame ocular completo recente e exames complementares pertinentes.
A partir desta análise, o oftalmologista definirá a lente mais adequada para cada paciente, com base na lubrificação do olho, curvatura da córnea, “grau”, dentre outros fatores .
Temos lentes de uso único, quinzenal, mensal e anual. Há opções para pacientes com vista cansada , astígmatas e com alterações corneanas. Existem lentes de contato com proteção UV, transitions, indicadas para aqueles com incômodo quando expostos à luz.
Quanto ao material, as lentes de contato podem ser rígidas ou gelatinosas. As rígidas são adequadas para qualquer tipo de grau e são fundamentais para dar boa visão aos pacientes com alterações superficiais de córnea. O conforto inicial é menor , porém o olho tende a se acostumar .
As gelatinosas, por sua vez, são extremamente confortáveis e geralmente utilizadas nos pacientes com córneas normais. As lentes tendem a melhorar a nitidez e ampliar o campo de visão.
Apesar dos inúmeros benefícios, é fundamental trocá-las no período indicado, e ter bons hábitos de higiene. As lentes de uso único devem ser descartadas após a sua remoção do olho. As de troca programada devem ser trocadas dentro do período recomendado, mesmo não fazendo o uso diário das mesmas.
É necessário utilizar as soluções próprias de limpeza para lente e renová-las diariamente no estojo. Antes de remover e colocá-las, é preciso lavar e secar as mãos, e a lente deve ser limpa e enxaguada com a solução específica, antes de ser guardada no estojo. O estojo deve ser lavado uma vez por semana com água e sabão e com as soluções apropriadas, e trocado a cada três ou quatro meses.
A não observância a estes cuidados pode levar a processos alérgicos e ou infecciosos nos olhos. Em casos extremos, é possível ocorrer lesão permanente no olho e perda da nitidez das imagens e consequente deficiência visual. Tendo em vista toda esta gama de opções e variáveis, somente o médico oftalmologista poderá orientar e adaptar as lentes de contato nos seus pacientes.
*Artigo publicado por Breno de Mello Vitor – Oftalmologista associado à SMO.